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CNAF – Quase 50 anos a reforçar a voz da família em Portugal

A Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF) é uma instituição de utilidade pública, independente da Administração Pública, aconfessional e apartidária, que há quase 50 anos defende os direitos, valores e aspirações das famílias portuguesas. Fundada em 1977, a CNAF tem desempenhado um papel ativo e contínuo na promoção da coesão familiar e no reforço da participação cívica na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Acreditamos que uma sociedade equilibrada e sustentável começa dentro de casa – com famílias apoiadas, protegidas e valorizadas. A família é o alicerce das comunidades, e isso reflete-se na forma como os territórios se organizam: nos municípios, nas escolas, nas empresas e no espaço público. É com base nesta visão que a CNAF trabalha diariamente em articulação com o Governo, as autarquias e as organizações da sociedade civil, para garantir que as políticas públicas têm sempre a família no centro das decisões. Áreas de Intervenção A ação da CNAF incide sobre domínios essenciais das políticas sociais, nomeadamente: Defendemos políticas públicas que promovam: Projetos e Iniciativas A CNAF desenvolve projetos em estreita colaboração com: Estes projetos têm como objetivo: Representatividade e Parcerias A CNAF está representada em diversos órgãos nacionais, assegurando a presença das famílias nas principais plataformas de decisão: Mantemos uma relação ativa com autarquias e instituições públicas e privadas, garantindo uma articulação eficaz com a sociedade civil. Presença Internacional e Lusofonia A nível internacional, a CNAF é membro da COFACE – Confederação Europeia das Organizações Familiares, com sede em Bruxelas. Também colabora com entidades de países de língua portuguesa, promovendo: Missão Colocar a família no centro das decisões políticas, culturais e sociais, influenciando a criação de políticas públicas que respeitem, protejam e valorizem a estrutura familiar em todas as suas dimensões – cumprindo os imperativos constitucionais. Valores Institucionais Dados Institucionais Nome completo: CNAF – Confederação Nacional das Associações de FamíliaAno de fundação: 1977Estatuto: Instituição de Utilidade Pública(Diário da República, II Série, n.º 184, de 25-07-1992)Morada: Palácio Ribamar, Alameda Hermano Patrone, 1495-008 Algés (Oeiras) – PortugalEmail: geral@cnaf.ptWebsite: www.cnaf.pt

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Pobreza infantil em Portugal: um retrato alarmante

Uma em cada cinco crianças em Portugal vive em risco de pobreza. Este dado, revelado por entidades nacionais e europeias, deveria ser suficiente para mobilizar toda a sociedade. Mas a verdade é que, ano após ano, a pobreza infantil permanece como um problema estrutural, com impacto direto no presente e no futuro das famílias portuguesas. Não estamos a falar apenas de rendimentos baixos. Falamos de crianças que chegam à escola sem pequeno-almoço, que vivem em casas sem condições mínimas, que não têm acesso a materiais escolares, roupa adequada ou cuidados de saúde. A pobreza infantil compromete o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo de milhares de crianças – e perpetua o ciclo da exclusão social. A origem do problema é multifatorial: baixos salários dos pais, precariedade laboral, monoparentalidade, habitação sobrelotada, educação desigual, acesso limitado a serviços de proximidade. E, em muitos casos, ausência de uma rede familiar ou comunitária de apoio. Combater a pobreza infantil é investir no futuro do país A CNAF defende que combater a pobreza infantil exige uma abordagem integrada: aumento dos abonos e apoios sociais, refeições escolares gratuitas e nutricionalmente adequadas, acesso gratuito a creches, reforço dos transportes escolares, acesso à saúde mental e programas de capacitação familiar. É também necessário olhar para a territorialidade: muitas das crianças mais pobres vivem em bairros periféricos, zonas rurais isoladas ou comunidades marginalizadas. A resposta não pode ser apenas financeira – tem de ser educativa, comunitária e transformadora. Não basta indignar. É preciso agir. Todos os dias, enquanto a pobreza infantil não for tratada como prioridade nacional, estamos a comprometer o futuro de milhares de cidadãos. E a permitir que o local de nascimento continue a definir as oportunidades de vida. Na CNAF, acreditamos que a justiça social começa na infância. E que nenhuma criança deve crescer com menos direitos, menos acesso, menos dignidade. Porque não há país justo onde haja crianças pobres.

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O impacto do custo da habitação na decisão de ter filhos

Nos últimos anos, o custo da habitação tem assumido um papel decisivo nas escolhas de vida dos jovens portugueses, sobretudo no que diz respeito à constituição de família. Em 2025, esta realidade tornou-se ainda mais evidente: para muitos casais, a dificuldade em aceder a uma casa própria ou a uma renda suportável adia – ou anula – a decisão de ter filhos. Com preços médios de arrendamento a ultrapassar os 1.200 euros mensais nas principais cidades, e com os juros do crédito à habitação ainda em níveis elevados, a pressão sobre os orçamentos familiares é insustentável. Não estamos perante uma questão de luxo ou conforto, mas sim de dignidade e viabilidade. Uma família que não consegue garantir um teto estável dificilmente planeia crescer. Os programas públicos de incentivo à natalidade têm pouco impacto quando não vêm acompanhados de políticas estruturais de habitação acessível. O recente pacote do Governo – que inclui crédito habitação a 100% para jovens até aos 35 anos e isenção de IMT – é positivo, mas insuficiente perante a dimensão do problema. A maior parte das famílias continua sem capacidade de entrada, de garantias ou de estabilidade laboral para sequer aceder a estas medidas. Natalidade e habitação: duas faces da mesma política Portugal enfrenta um dos mais baixos índices de natalidade da Europa. A resposta não pode ser apenas demográfica – tem de ser habitacional. Garantir habitação digna, com rendas ajustadas aos rendimentos e apoio direto às famílias com filhos, é uma prioridade nacional. E é também uma questão de justiça intergeracional. Na CNAF, continuamos a defender que a política da família começa na habitação. Não há futuro sem casas acessíveis. E não há coesão social sem crianças a crescerem com estabilidade e segurança.