Inovação social no envelhecimento: habitação partilhada e apoio domiciliário em destaque
Perante o envelhecimento crescente da população portuguesa, a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) está a implementar soluções inovadoras que valorizam a autonomia, a dignidade e a inclusão dos seniores. Com a liderança do seu Provedor, Dr. António Tavares – também Vice-Presidente da Direção Nacional da CNAF – a instituição tem dado passos concretos numa resposta social mais humana e integrada. Entre os projetos de destaque está o programa de habitação partilhada entre idosos e jovens, que promove o convívio intergeracional e combate o isolamento, ao mesmo tempo que contribui para uma redução significativa dos custos de habitação. Nestes modelos, jovens estudantes ou profissionais partilham casa com pessoas idosas de forma estruturada e acompanhada, criando relações de proximidade e apoio mútuo. O sucesso da iniciativa tem demonstrado que a partilha de habitação pode ir além da lógica funcional e tornar-se num verdadeiro motor de solidariedade entre gerações. Os idosos beneficiam de companhia, segurança e maior interação social; os jovens, por sua vez, acedem a habitação mais acessível e a experiências de vida enriquecedoras. Apoio domiciliário com rosto humano Paralelamente, a SCMP tem reforçado os seus serviços de apoio domiciliário, permitindo que cada vez mais pessoas idosas permaneçam no seu domicílio com qualidade de vida. Este apoio inclui cuidados de higiene, refeições, vigilância da medicação e apoio psicossocial – promovendo uma vida mais ativa, segura e integrada. Estes projetos respondem diretamente às dificuldades que muitas famílias enfrentam no cuidado aos seus membros mais velhos, sobretudo quando os recursos económicos ou os horários profissionais não permitem prestar assistência contínua. Um modelo inspirador para as políticas públicas A aposta da Misericórdia do Porto é um exemplo de inovação social centrada na pessoa. Representa uma visão transformadora do envelhecimento, onde o cuidado não é apenas um serviço, mas uma relação. Na perspetiva da CNAF, trata-se de um modelo que deve ser replicado por outras instituições e, sobretudo, adotado como referência nas políticas públicas nacionais para o envelhecimento ativo e digno.

