Descida da Euribor alivia prestações da casa para milhares de famílias portuguesas
A partir de maio de 2025, as famílias portuguesas com crédito à habitação sentirão um alívio nas prestações mensais, resultado da queda gradual das taxas Euribor que se tem vindo a verificar desde o início do ano. As taxas Euribor a 6 e 12 meses, as mais utilizadas no cálculo dos empréstimos para habitação em Portugal, registaram descidas sucessivas nos últimos três meses. Este movimento reflete a expectativa de que o Banco Central Europeu possa iniciar um ciclo de cortes nas taxas diretoras a partir do segundo semestre, devido à estabilização da inflação na Zona Euro. Segundo dados recentes do Banco de Portugal, as famílias com crédito à habitação indexado à Euribor a 12 meses verão reduções mensais que podem variar entre os 20 e os 70 euros, dependendo do montante e da duração do empréstimo. Alívio financeiro temporário, mas importante Apesar de ainda não representar um retorno aos níveis pré-pandemia, esta descida representa um alívio significativo para muitas famílias, especialmente aquelas que enfrentaram aumentos abruptos nas prestações durante os últimos dois anos. “Este alívio vem em boa hora”, afirma uma mãe de dois filhos e titular de crédito à habitação na margem sul. “Depois de meses de aperto, finalmente podemos respirar um pouco e reorganizar o nosso orçamento familiar.” As associações de consumidores alertam, contudo, que o contexto económico continua incerto, e recomendam prudência na gestão do crédito. Ainda assim, para muitas famílias, esta tendência descendente pode representar o início de uma fase de maior estabilidade financeira. Apoio à habitação mantém-se prioridade A CNAF defende que a habitação deve continuar a ser tratada como prioridade nas políticas públicas. A estabilidade no acesso à casa própria ou arrendada é essencial para o bem-estar das famílias, a natalidade e a coesão social. A expectativa é que o Governo mantenha os programas de apoio à habitação, como o incentivo ao arrendamento acessível e os mecanismos de renegociação de crédito, especialmente para os agregados mais vulneráveis.


