O regime fiscal do IRS Jovem foi alargado em 2025 para abranger todos os jovens até aos 35 anos, independentemente do grau académico. A medida entra em vigor com o novo ano fiscal e tem como objetivo apoiar a emancipação económica e profissional da juventude portuguesa.
Anteriormente limitado a recém-licenciados, o novo regime aplica-se agora a qualquer jovem que inicie a sua vida ativa, com ou sem diploma do ensino superior. A principal vantagem consiste na isenção parcial de IRS por um período de cinco anos, o que pode representar uma poupança acumulada de milhares de euros.
Em 2025, o limite máximo de rendimento abrangido pela medida é de 28.737,50 euros anuais, estando incluídas as modalidades de contrato de trabalho e recibos verdes. A isenção segue uma lógica progressiva – 100% no primeiro ano, 75% no segundo, até aos 25% no quinto ano.

Apoiar a autonomia e fixar talento em Portugal
Segundo o Governo, o objetivo do novo IRS Jovem é reduzir o impacto fiscal no início da vida laboral, permitindo aos jovens acumular poupança, investir na sua formação ou até planear a saída da casa dos pais.
A Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF) vê a medida como “um sinal positivo, mas que deve ser articulado com políticas de habitação, emprego digno e natalidade”.
O novo regime fiscal pretende igualmente travar a emigração jovem, facilitando a permanência e o regresso de talentos que contribuam para o desenvolvimento do país.
Como aceder ao benefício
A adesão ao IRS Jovem é feita no momento da entrega da declaração de IRS, mediante a seleção do respetivo campo no Portal das Finanças. A medida aplica-se aos rendimentos obtidos a partir de 1 de janeiro de 2025 e estará visível já nas declarações submetidas em 2026.
Especialistas em fiscalidade recomendam que os jovens consultem previamente a simulação automática para garantir a aplicação correta do benefício.


